terça-feira, 9 de junho de 2009

BATISMO


"Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Mc 16,16)

Desde o dia de Pentecostes que a Igreja administra o Batismo a quem crê em Jesus Cristo. Este é o primeiro dos sacramentos. Nos convida a viver de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo. O Batismo é o ponto de partida da vida cristã. O cristão recebe a plenitude da vida em Cristo quando vive a fé e se engaja numa comunidade cristã, participando da sua vida e missão. O Batismo é um novo nascimento, por ele nos tornamos filhos de Deus e somos introduzidos na comunidade, fazendo parte da Igreja (Povo de Deus, que é um só corpo, cuja cabeça é Cristo).

Este Sacramento é chamado de Batismo por causa do rito central com que é celebrado: batizar significa “imergir” na água. O que é batizado é imerso na morte de Cristo e ressurge com Ele como “nova criatura” (II Cor 5,17). Chama-se também “banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo” (Tit 3,5) e “iluminação”, porque o batizado se torna “filho da luz” (Ef 5, 8).

A pessoa renasce da água e do Espírito Santo pra viver a vida nova em Cristo. E quem é batizado é liberto do pecado, para viver a liberdade dos filhos de Deus. Antes de Jesus Cristo, João já chamava para um batismo de “água”. Significava uma atitude de conversão daquele que o recebia. Era apenas um ato simbólico.

João Batista anunciou, ele mesmo, que Jesus batizaria “na água e no Espírito” (Mt 3,11-12). Jesus foi batizado para dar início à sua vida pública e antecipar o batismo da Sua morte: aceita assim, embora sendo sem pecado, ser contado entre os pecadores, Ele, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). O Pai proclama-O Seu “Filho predileto” (Mt 3,17) e o Espírito desce sobre Ele. O batismo de Jesus é a prefiguração do nosso batismo.

O Sacramento do Batismo confere a primeira graça santificante, que apaga o pecado original e também qualquer pecado atual, se existir; perdoa toda a pena por eles devida; imprime o caráter de cristão; faz-nos filhos de Deus, membros da Igreja e herdeiros do paraíso, e torna-nos capazes de receber outros Sacramentos.

O Batismo deve ser feito em comunidade, e não em cerimônias reservadas e exclusivas. Os padrinhos devem ser pessoas de vida regular, moral dentro dos padrões católicos e inseridos em comunidade (paróquia, comunidades, movimento, etc). O padrinho não é aquele que dá presentes, mas aquele que assume junto com os pais (e, principalmente, na falta deles) a educação cristã do batizado.
Você deve estar se perguntando: Mas como é realizado o batizado? É uma cerimônia simples, batiza-se derramando água sobre a cabeça do batizando, ou, não podendo ser sobre a cabeça, sobre qualquer outra parte principal do corpo, dizendo ao mesmo tempo: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Ao batizando é exigida a profissão de fé, expressa pessoalmente no caso do adulto, ou então por parte dos pais e da Igreja no caso da criança. Também o padrinho ou madrinha e toda a comunidade eclesial têm uma parte de responsabilidade na preparação para o Batismo (catecumenato), bem como no desenvolvimento da fé e da graça batismal.

Os símbolos do Batismo são:

* Água: sinal visível do Sacramento do batismo, simboliza a vida, a limpeza do pecado, a renovação;

* Vela: simboliza o Cristo, luz do mundo, simboliza ainda a fé;

* Veste branca: significa a pureza, a disponibilidade e a alegria, simbolizando o homem novo.

Os tipos de Batismo são:

* Comum: aquele que se conhece, o Batismo na água. Qualquer pessoa pode receber esse tipo de Batismo, desde que não seja ainda batizada.

* De sangue: realizado por mártires da fé cristã, que dão o seu sangue pela causa de Cristo, mesmo sem haverem recebido o Batismo Comum, torna-se batizado pelo sangue derramado;
* De desejo: quando o catecúmeno (pessoa em estudo para receber o Sacramento do Batismo) expressa seu desejo de batizar-se e morre antes da recepção do sacramento, considera-se como batizado, através de seu desejo de receber o Batismo. Há também o Batismo de desejo da família, que desejava batizar uma criança que faleceu antes de fazê-lo.

Quem pode batizar? O padre, o diácono e, até mesmo, o leigo (por delegação). O leigo batizado (qualquer um de nós) pode realizar o batismo em um caso de extrema urgência, por exemplo: uma pessoa está a beira da morte e não há um sacerdote por perto, mas essa pessoa tem o desejo enorme de ser batizado, eu como cristão tenho a delegação de batizar essa pessoa desde que possua entendimento em fazer o que faz a Igreja e derrame água sobre a cabeça do candidato, dizendo a fórmula trinitária batismal: “Eu te batizo em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Mas caso essa pessoa venha a sobreviver, ela deve ser urgentemente levada a um sacerdote para que ele complete o rito do Batismo.

Sim, mas porque é que a Igreja batiza as crianças? Porque tendo nascido com o pecado original, elas têm necessidade de serem libertadas do poder do Maligno e de serem transferidas para o reino da liberdade dos filhos de Deus.
O nome que recebemos no Batismo é importante, porque Deus conhece cada um pelo nome, isto é, na sua unicidade. Com o Batismo, o cristão recebe na Igreja o próprio nome, de preferência o de um santo, de maneira que este ofereça ao batizado um modelo de santidade e lhe assegure a sua intercessão junto de Deus.

“Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19)

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